Fronteiras Da Ciência

O fenômeno sócio-psicológico conhecido como Espiral do Silêncio, descrito em 1974 pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neumann, explica em boa parte a complexa dinâmica da opinião pública com relação a temas controversos, como questões de fundo moral ou emocional. Para abordar esse tema, convidamos Felipe Moura de Oliveira, coordenador do curso de Jornalismo da FABICO / UFRGS e pesquisador em ciências da comunicação, que conversa com Jorge Quillfeldt (IB-UFRGS), neste, que é o quinto episódio da Série Raízes da Civilização, iniciada em 2019. Produção e edição: Jorge Quillfeldt Créditos da Imagem: Chris Stephens (YouTube)

Neste episódio continuamos a conversa iniciada no episódio anterior sobre o EPICOVID, que é o maior estudo epidemiológico sobre covid-19 no Brasil. O foco neste episódio é nos resultados já obtidos. Nosso convidado é Pedro Curi Hallal, professor da UFPEL e coordenador do estudo. Participam do programa Jorge Quillfeldt (Biofísica-UFRGS), Marco Idiart e Carolina Brito (IF-UFRGS). Produção e edição: Carolina Brito Créditos da Imagem: Fotografia de Daniela Xu, retirada do site http://www.epidemio-ufpel.org.br/site/content/sala_imprensa/noticia_detalhe.php?noticia=3202

Neste episódio começamos a conversa definindo o que é epidemiologia e discutindo os limites e os sucessos desta área da ciência. Do meio para o fim do programa, falamos sobre o EPICOVID, que é o maior estudo epidemiológico sobre covid-19 no Brasil. Discutimos os objetivos e diversos aspectos do desenho deste estudo. Nosso convidado é Pedro Curi Hallal, professor da UFPEL e coordenador do estudo. Participam do programa Jorge Quillfeldt (Biofísica-UFRGS), Marco Idiart e Carolina Brito (IF-UFRGS). Produção e edição: Carolina Brito Créditos da Imagem: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPEL

Vacinas estão entre os poucos tipos de intervenção médica que não só eliminam como até podem erradicar uma doença transmissível, como se fez com a varíola em 1977. Instruindo nossos sistemas imunitários, constróem defesas individuais que, distribuídas em uma população, permitem o controle solidário da transmissão do patógeno - esse impacto coletivo é o que realmente importa em termos globais. O surgimento em tempo recorde de vacinas trouxe um certo alento, mas elas podem não dar conta do recado devido às variantes que surgem muito rápido em função do contágio descontrolado como o que temos no Brasil. Entre as dezenas de variantes surgidas no país está a P1 (ou B.1.128), uma das 3 variantes preocupantes hoje no planeta, pois sinaliza que, nesta taxa de contágio logo teremos variantes que escapem da resposta imunitária à vacina, pondo muito desse esforço a perder e atrasando o retorno à vida normal. Para conversar sobre variantes e vacinas, convidamos Mellanie Fontes-Dutra, pós doutoranda em bioquímica na UFRGS

A pandemia Covid-19 atingiu dimensões de catástrofe nos primeiros meses de 2021. Somente no mês de março morreram mais de 60 mil pessoas, o que equivale a 20% do total das mortes nos últimos 12 meses. E no entanto a pandemia não parece dar sinais que está diminuindo o passo, muito pelo contrário a média de mortes continua a subir. Os hospitais estão saturados, profissionais da saúde exaustos, e não existem leitos para acomodar todos os pacientes, forçando médicos a escolher entre a vida e a morte. Este programa é o segundo episódio dedicado a discutir a dura realidade dos hospitais brasileiros nesta catástrofe sanitária autoinfligida. Os convidados são os médicos emergencistas Bianca Bertuzzi e Márcio Rodrigues do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Conversam com eles, Jeferson Arenzon e Marco Idiart do Depto. de Física da UFRGS. Produção e edição: Marco Idiart Créditos da Imagem: Daphne Odjig - National Gallery of Canada

Um dos dramas da pandemia do Covid-19 é a onda de negacionismo que coopta facilmente o cidadão comum que muitas vezes percebe o mundo através de uma ótica restrita a relações locais. Pois o trágico dia a dia dos hospitais é bastante abstrato para quem ainda tem a sorte de não ter amigos ou familiares em apuros. Mas a saída desta crise só se dará pela vacinação e pela conscientização da população através da informação da gravidade do que está acontecendo. Tendo isto em vista, convidamos os médicos emergencistas Bianca Bertuzzi e Marcio Rodrigues para nos contarem o que está acontecendo na emergência de um dos mais conceituados hospitais universitários do Brasil, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, neste momento de crise sem precedente devido ao Covid-19. Conversam com eles, Jeferson Arenzon e Marco Idiart do Depto. de Física da UFRGS. Produção e edição: Marco Idiart Créditos da Imagem: Banksy

Segunda e última parte da celebração do centenário do nascimento desse gênio do tango, Astor Piazzolla. Enquanto na primeira parte discutimos o cenário tangueiro em que surge Piazzolla, neste episódio focamos no novo tango e na obra de Piazzolla, seu mais conhecido expoente. Nossa convidada é a Juliana Maggioli, artista, dançarina e professora de tango e, para conversar com ela, Jeferson Arenzon do Depto. de Física e Jorge Quillfeldt do Depto de Biofísica, ambos da UFRGS. Vocês encontram todos os músicos mencionados aqui (e muitos outros), nesta playlist selecionada e comentada pela Juliana: https://tangoacademy.com.br/fronteiras/ Produção e edição: Jeferson Arenzon Créditos da Imagem: https://carasycaretas.org.ar/2021/03/05/genio-con-alma-de-bandoneon/

Jorge Luis Borges disse que o tango é a expressão direta de algo que os poetas frequentemente tentam expressar com palavras. Para falar de tango, escolhemos 2021, não pelo drama, mas por ser o centenário de um de seus grandes nomes, Astor Piazzolla. A música, a dança e o tema são complexos e, por isso, neste primeiro episódio vamos traçar o cenário em que surge Piazzolla, falando das origens e das características dessa música, e sua dança, tão porteñas. A convidada é a Juliana Maggioli, artista, dançarina e professora de tango e, para conversar com ela, Jeferson Arenzon do Depto. de Física e Jorge Quillfeldt do Depto de Biofísica, ambos da UFRGS. Vocês encontram todos os músicos mencionados aqui (e muitos outros), nesta playlist selecionada e comentada pela Juliana: https://tangoacademy.com.br/fronteiras/ Produção e edição: Jeferson Arenzon Créditos da Imagem: Hetty Krist, domínio público, https://commons.wikimedia.org/wiki/File:KristPiazolla.jpg

No primeiro programa do ano, que dá início à 12a temporada do Fronteiras da Ciência e que coincide com o Dia Internacional da Mulher, apresentamos uma conversa sobre a podfiction chamada "A Ciência como ela é - A Saga de Carlota". Este novo podcast, dividido em 10 episódios, traz o debate sobre mulheres na ciência por meio da história da Carlota, uma menina que se torna cientista. A história dela, que é também a história de muitas mulheres na ciência, é atravessada de aventuras e obstáculos. A série é baseada em histórias reais e recheada com referências bibliográficas para embasar o debate na ciência. Para celebrar este dia que simboliza a luta das mulheres e marca o lançamento de "A sage de Carlota", participam do programa Jorge Quillfeldt (Biofísica-UFRGS), Marco Idiart, Jeferson Arenzon e Carolina Brito (IF-UFRGS) com a convidada Marcia Barbosa, que é membra da academia brasileira e mundial de ciências, e também professora do IF-UFRGS. O link para assinar o podcast e ouvir as histórias da Carlota está na

O Instituto de Física da UFRGS, com o apoio do Instituto Serrapilheira, apresenta “A ciência como ela é – a saga de Carlota”, uma podfiction em dez episódios que conta a história de Carlota, uma mulher que enfrenta diversos desafios até se tornar cientista e professora. Sua saga representa a história de muitas mulheres na ciência. Embora seja uma obra ficcional, o projeto também discute os dados sobre a baixa representatividade de mulheres na ciência, publicados em estudos científicos, e debate a importância e as vantagens da diversidade na área, sugerindo algumas possíveis soluções para resolver o problema. A série estreia dia 8/3, juntamente com a temporada 2021 do FdC. Assinem pelo seu agregador preferido e acompanhem as novidades pelo site e redes sociais: https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/ http://www.facebook.com/asagadecarlota http://twitter.com/asagadecarlota https://www.instagram.com/asagadecarlota/ https://www.youtube.com/channel/UC8bHB4rO_q0bU-52ko1Eo_Q

Enquanto todos aguardam a nova temporada do FdC, aproveitamos para apresentar um novo podcast, também produzido no IF-UFRGS (mas totalmente independente do FdC): "O Universo é cheio de mistérios e a ciência é uma ótima maneira de investigá-los. Neste podcast buscamos descomplicar temas de astronomia e astrofísica para mostrar às pessoas como o Universo é um lugar interessante e misterioso! Os episódios, compostos por entrevistas e conversas, são produzidos pela equipe AstroUFRGS do Departamento de Astronomia da UFRGS. Neste episódio piloto vamos conhecer um pouco sobre o fim da vida das estrelas e como elas podem se transformar em relógios bastante precisos! Participam a Jamile Fritzen e o Rodrigo Freitas, ambos da UFRGS." Para quem quiser acompanhar, eis os links: Spotify: https://open.spotify.com/show/2oRJLNSIax6byeaC9NR6d0 RSS: https://anchor.fm/s/334b1e68/podcast/rss Google Podcasts: https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy8zMzRiMWU2OC9wb2RjYXN0L3Jzcw

Neste último episódio do ano, o FrontdaCiência reúne toda a equipe para um editorial - que é quando conversamos apenas entre os quatro. O assunto: o melhor da ciência e da tecnologia da década. Conversando, Carolina Brito, Jeferson Arenzon e Marco Idiart, do Instituto de Física, e Jorge Quillfeldt, do Instituto de Biociências, todos da UFRGS. Produção e edição: Jorge Quillfeldt Créditos da Imagem: montagem fotográgica de Meilan Solly (Smithsonian Institution, 2019)

Esta é a segunda parte da entrevista com a astrônoma da UFRGS Miriani Pastoriza, onde ela conversou com Jorge Quillfeldt (IB-UFRGS) e Carolina Brito (IF-UFRGS). Já pesquisadora de renome internacional, Miriani relata seu achado seguinte, publicado em 1970, de uma galáxia com linhas espectrais variáveis, algo que causou grande polêmica na época, e cuja causa - presença de superburacos negros no núcleo - somente mais tarde viria a ser confirmada. A perseguição pela ditadura argentina, a chegada ao Brasil, na UFRGS, e a retomada dos trabalhos junto aos observatórios do Morro Santana (Porto Alegre) e Pico dos Dias (Itajubá). A partir de seu trabalho no telescópio chileno de Cerro Tololo, Miriani acabou tendo um protagonismo decisivo para a entrada do Brasil na era dos grandes telescópios, primeiro integrando o consórcio internacional Gemini, com dois telescópios de 8,1m de espelho, um em cada hemisfério, e, a seguir, participando do projeto do telescópio SOAR (4,1m), situado no Cerro Pachón. A entrevista se encer

Este episódio foi gravado em 16 de janeiro de 2020, apenas três dias depois dos primeiros casos de COVID-19 serem detectados fora da China, na Tailândia. Ou seja, quase dois meses antes da COVID-19 ser declarada uma pandemia. Esperamos quase 10 meses para veiculá-lo pois pareceria esquisito falar sobre o ebola no meio de uma crise de saúde publica tão séria devido a um outro vírus. A crise não passou ainda, apenas nos acostumamos com ela. Mas agora que a vacina parece próxima e os ânimos estão melhorando pareceu-nos oportuno liberar o programa sobre o Ebola que tem uma nota de otimismo e que descreve bem como vacinas são feitas e como são importantes para a humanidade. Como curiosidade ouçam próximo ao minuto 13 quando a convidada do programa, a bióloga e imunologista Cristina Bonorino, professora titular da UFCSPA, comenta rápida e despreocupadamente sobre o vírus novo que surgiu na Ásia. Participaram do programa pelo FdC a Carolina Brito e o Marco Idiart, ambos do IF-UFRGS. Produção e edição: Marco Id

O Pantanal, Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera da UNESCO, é a maior planície alagada do mundo e berço de uma enorme biodiversidade. Neste episódio conversamos sobre alguns de seus aspectos, com foco nas características do fogo nesta região e na expedição "Pantanais". Nosso convidado é o Hugo Fernandes-Ferreira, que é biólogo, professor e pesquisador da UECE, além de divulgador científico com apoio do Instituto Serrapilheira. Ele explica que o fogo é algo comum na paisagem pantaneira e usado para muitos fins, mas que os incêndios ocorridos neste ano, e que já se alastraram por mais de 25% do Pantanal, correspondem a recordes históricos e são consequência de fatores naturais, negligência das autoridades e crimes ambientais. Participam da conversa Carolina brito e Jeferson Arenzon, ambos do Departamento de Física da IF-UFRGS. Produção e edição: Carolina Brito Créditos da Imagem: ilustração de Leticia M. (@eueasplantas) sobre foto de Charles J. Sharpe

Miriani Griselda Pastoriza, astrônoma argentino-brasileira, Professora Emérita da UFRGS e integrante da Academia Brasileira de Ciências, trabalha no Departamento de Astronomia do Instituto de Física desde 1978, onde fixou-se após ter de deixar seu país devido à perseguição feita por aquela ditadura militar. Já então uma referência no campo da astronomia extragaláctica, empresta seu nome a toda uma classe de galáxias, as chamadas Galáxias Sersic-Pastoriza, que descreveu com seu orientador ainda no doutorado, em meados dos anos 1960. Incansável caçadora de galáxias, prosseguiu seu trabalho no Brasil e em telescópios localizados no Chile, tendo orientado alguns dos mais importantes astrônomos do país, e inseriu nosso país na era dos grandes consórcios científicos internacionais como o Observatório Gemini, com seus dois telescópios de 8,1 metros, um em cada hemisfério. Esta é a primeira parte de uma entrevista realizada por Carolina Brito (IF-UFRGS) e Jorge Quillfeldt (IB-UFRGS) na qual conhecemos um pouco desta

Formigas podem ter seu comportamento profundamente alterado por um fungo, o Ophiocordyceps, e passar a servir, mesmo depois de sua morte, como instrumento de propagação para o fungo, contaminando outras formigas. A denominação de formigas-zumbis faz referência aos zumbis da ficção e, curiosamente, acabaram inspirando, por sua vez, os zumbis mais recentes do jogo "The Last of Us". Neste episódio, Jeferson Arenzon e Marco Idiart, ambos do Departamento de Física da UFRGS, conversam com Raquel Gontijo Loreto sobre este fascinante comportamento (que não ocorre somente com formigas), suas origens, mecanismos e mistérios. Raquel é bióloga e mestre em entomologia pela Universidade Federal de Viçosa, doutora pela Penn State University e agora post-doc no Institute Pasteur em Paris, tendo trabalhado por muito tempo com as interações entre essas formigas e o Ophiocordyceps. Produção e edição: Jeferson Arenzon Créditos da Imagem: David P. Hughes (Penn State University)

A covid-19 é uma doença viral ainda pouco compreendida. Neste momento crítico, muitos dos esforços científicos estão sendo direcionados para questões imediatas tais como sua dinâmica de contágio, como se evita a piora do quadro respiratório em pacientes de risco e a produção de vacinas. No entanto, com a evolução da pandemia estamos observando que além de uma fase aguda, com sintomas respiratórios, para algumas pessoas também existe uma fase crônica com sintomas neurológicos duradouros. O mais comum deles parece ser a diminuição ou perda do sentido do olfato. No programa de hoje temos como convidado o físico e neurocientista Antônio Carlos Roque da Silva Filho, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto, que falará da sua própria experiência com perda prolongada do olfato devido à covid-19 e discutirá com os integrantes do programa, Jorge Quillfeldt (IB-UFRGS) e Marco Idiart (IF-UFRGS), possíveis causas destes sintomas à luz do que se conhece da neurofisiologia do Sistema Olfatório.

Como ler os ossos e quais informações podem ser extraídas deles? Como usar tais informações como peças de um quebra-cabeças para identificar pessoas desaparecidas na ditadura militar e manter a memória do nosso passado? Estas são algumas questões que Jorge Quillfeldt (Biofísica-UFRGS) e Carolina Brito (IF-UFRGS) discutem neste episódio com Mariana Inglez. Mariana fala sobre a sua experiência no Grupo de Trabalho Perus, que foi criado com o objetivo de identificar desaparecidos políticos que pudessem estar na Vala Clandestina do Cemitério de Perus. Mariana é bióloga e doutoranda no Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva no Instituto de Biociências da USP. Ela coordena o projeto de divulgação científica "Evolução para Todes" e tem financiamento para divulgação científica do Instituto Serrapilheira. Produção e edição: Carolina Brito Créditos da Imagem: Fotógrafo Douglas Mansur

A comunidade científica ficou em polvorosa quando, no dia 14 de setembro de 2020, a Royal Astronomical Society anunciou em uma conferência de imprensa a detecção de quantidades surpreendentes da molécula orgânica fosfina (PH3 - similar ao metano ou, mais precisamente, à amônia) no alto das nuvens da atmosfera extremamente ácida, mas com temperaturas amenas, do planeta Vênus, resgatando a hipótese de que haveria vida naquele planeta-irmão. Dados de dois registros telescópicos espectrométricos independentes, combinados com predições de modelos químicos computacionais permitiram descartar uma série de possíveis fontes como transporte da superfície, liberação em vulcões ou fruto de atividade elétrica ou meteorítica. As duas possibilidades restantes foram, ou algum processo foto / geoquímico desconhecido, ou atividade biogênica - como fazem alguns microorganismos na Terra. Carolina Brito (IF-UFRGS) e Jorge Quillfeldt (IB-UFRGS) conversam, com Clara Souza-Silva, astroquímica molecular (e divulgadora) da equipe, an